segunda-feira, 7 de junho de 2010

CONTINUIDADE SOBRE O TEXTO LIVRE ORAL FREINET

Desde a sala da educação infantil, ainda no maternalzinho ou maternal II , já começamos a estimular nossas crianças a falarem,relatando suas novidades naturalmente, seja na hora da rodinha ou na hora de fazer o grafismo ou o desenho livre.Diariamente nossa crianças realizavam uma página escolar-grafismo- fazendo uso de diferentes recursos:lápis preto, canetinhas,lápis de cera, guache usando o dedinho...Após feito a professora anotava a data ,escrevendo o nome da criança e também qualquer palavra dita sobre o grafismo feito ou desenho. O trabalho marcava na escola, para o professor a evolução gráfica de cada criança durante o bimestre.Algumas páginas escolares selecionadas para o portfólio da escola e as demais para o álbum da crinça,entregue aos pais no bimestre. Fazíamos um álbum somente com as atividades livres e outro com as atividades que apresentava um enunciado, um desenho adulto, uma colagem, entre outros.

Consoante nossa experiências, as expressões oralizadas pelas crianças durante a aula, e escritas pela professora no quadro ou no mural de papel madeira na educação infantil dava origem a temática da aula,do dia ou até mesmo de uma semana,com  a inclusão de outras... A criação dos conceitos e o aprendizado da escrita iniciava com a prática do grafismo, do desenho,através  deles aparecia no decorrer do ano letivo,as tentativas das primeiras letras,números,palavras. Assim se processava a escrita e a leitura ,sem forçar a criança a memorizar nada.

Na sala jardim I ,jardim II,(termo passado), As crianças diminuem o grafismo,(risco sobre riscos,pontos,manchas,movimentos celular e partem para a tentativa de formas diversas,embora sem a identidade lógica, mas já são motivadas a criação de histórias.A medida que rabiscam exteriorizam histórias, muitas vezes começa uma, passa para outra, mudando o vocabulário influenciada pelo meio, convivência escolar ou familiar.A velocidade do pensamento infantil favorece as narrativas, nesta fase, sem inicio,meio ou fim.O professor somente escreve no papel o que fala a criança sobre o seu desenho,mesmo que a explicação não corresponda ao desenho feito. Segundo o pedagogo Freinet,do qual seguimos os passos ,afirma(1977p24) no livro metodo natural do desenho, que estas primeiras experiências são importantes porque:"A criança não copia.Não aproveita a experiencia alheia para justapô-la a sua própria experiência. Apodera-se dela assimilando-a, inserindo-a e integrando-a no seu processo de trabalho e de vida até lhe conferir um cunho original."

NA  continuação do relato será anexado alguns grafismos realizados nas salas de maternalzinho e maternal II;  próxima página,veja!

domingo, 6 de junho de 2010

TEXTO LIVRE ORAL NA SALA DE AULA-segundo metodologia Freinet

A experiência mostrada na sala de tia nete, maternal, nos mostra na prática a razão explicativa do pensamento de Freinet , quando as crianças falam livremente na escola.
Texto escrito por Freinet: A entrada em classe...
O novo espírito de nossa escola se revela na atitude das crianças antes mesmo de entrarem em classe. Não somos a favor do silêncio,nem da formação militar em que uns se exibem orgulhosamente,....Queremos que nossa escola seja a casa familiar em que o coração se abre e os pensamentos se externam.....não quero dizer que sejamos indiferentes ao bom comportamento ea polidez, com que se preocupam, os pais inteligentes e dignos.... O responsável pelo som põe uma canção ou uma melodia... Não fazemos disso,uma regra,Não fazemos os alunos entrarem cantando, sempre há, animação suficiente nas personalidades infantis.Basta-nos sentir esse impulso, captá-lo, utilizá-lo, explorá-lo pedagogicamente.Reservamos a música, em geral para todas as atividades artisticas, para o momento de cansaço psíquico, para a renovação de virtualidades sintéticas.
A  entrada em  sala de aula é mais ou menos animada e barulhenta.depende dos dias.É mais fecundo para nós que seja animada: é um sinal de vitalidade de que saberemos tirar proveito.Essa criança vem em nossa direção, com pressa de nos participar uma descoberta feita a caminho ou  com uma notícia a nos anunciar.Em  sua pressa,ela se esqueceu de dizer bom-dia; mas sua confiança afetuosa  é o mais delicado dos bons-dias ?Outra traz um objeto para nosso museu-pedra,planta,etc.- ou uma revista ilustrada da qual tiraremos documentos para nosso arquivo.Uma rosa também nos é entregue ou uma fruta...
Essa vida tão confiante, impaciente por se externar, temos o cuidado de não repelir doutoralmente ou com desdém. Ao contrário, deixamos que as expressões bata vigorosamente nas salas de aula da nossa escola, impregnamo-nos dela, para melhor impregnar o nosso dia, para que nosso trabalho corresponda o melhor possível a essas necessidades intimas, cujo segredo as crianças nos revelam.
FREINET:1943p42.